A Cidade


História
Por volta de 1770, chegou a povoação o Frei Domingos de São José, e no mesmo ano inicio a construção da primeira igreja. Três anos depois, convertidos os gentios, o citado franciscano obteve de Dona Maria Pereira Gonçalves, proprietária da sesmaria, doação de meia légua de terras em quadra para a edificação de uma capela, dedicada ao Senhor Bom Jesus da Boa Morte.

Em 1798 foi criada a freguesia de Palmeira dos Índios e, em 1835, o povoado foi elevado à categoria de vila, desvinculando-se de Anadia.

Em 1821, os índios pediram, ao Presidente da Província das Alagoas, doação de terras onde pudessem trabalhar. No ano seguinte, a Junta Governativa, atendendo ao apelo, determinou a demarcação da área compreendida entre o riacho Cabeça de Negro, atualmente Pau da Negra e as cabeceiras do Panelas.

Em 1846, voltou à condição de distrito, em conseqüência das lutas políticas entre famílias locais, que estacionaram economicamente o lugar. Só sete anos depois Palmeira retorna à categoria de vila, recuperando seu desenvolvimento e sendo elevada à cidade em 20 de agosto de 1889.

Em 1927 foi eleito o seu mais famoso prefeito Graciliano Ramos de Oliveira, o escritor de renome mundial que em 1933 publicou o seu primeiro romance “Caetés” que narrava vários fatos do cotidiano da cidade.

Com inauguração, em 1933, da estrada de ferro, como ponto terminal do ramal que partia de Lourenço de Albuquerque, o Município entrou em fase de grande desenvolvimento. Os índios que viviam nas regiões serranas eram os Cariris e Xucurus. Eles viveram em meio a um abundante palmeiral que constituía a vegetação local, razão pela qual o nome do município passou a ser Palmeira dos Índios. Conhecida como a Princesa do Sertão, Palmeira dos Índios tem também sua origem ligada à lenda do casal de índios Tilixi e Tixiliá. Conta-se que há muitos anos atrás havia um índio chamado Tilixi. Este índio era apaixonado por uma índia chamada Tixiliá. No entanto, esse amor era proibido, uma vez que a índia estava prometida ao cacique Etafé. Durante uma festa tribal, Tilixi se aproximou de Tixiliá e lhe deu um beijo. Como castigo, Tilixi foi condenado à morte por inanição. Tixiliá, que estava proibida de ver seu amado, foi ao seu encontro. Esta, ao ser flagrada por Etafé, foi atingida mortalmente por uma flecha. Caindo ferida, Tixiliá morreu junto a Tilixi. Além disso, diz a lenda que no lugar onde morreram nasceu, após um certo tempo, uma formosa palmeira. Assim é contada uma lenda que deu origem a cidade de Palmeira dos Índios.

HINO DE PALMEIRA DOS INDIOS
Letra: Luis B. Torres e José Rebelo Torres
Música: Luis B. Torres e Maestro José Gonçalves

TEU PASSADO GLORIOSOTEM ORIGEM SECULAR
NOS HERÓICOS XUCURUS
DE BRAVURA E FÉ SEM PAR
CUJOS FEITOS NÓS SEGUIMOS
COMO LUZ A NOS GUIAR
TUAS TERRAS VERDEJANTES
E O TEU POVO VARONIL
SE IRMANARAM NO TRABALHO
PARA A GLÓRIA DO BRASIL
SOB O MANTO PROTETOR
DO TEU CÉU DE PURO ANIL
SEJAS SEMPRE IDOLATRADA,
DENTRO EM NOSSO CORAÇÃO
TU PALMEIRA ABENÇOADA
A PRINCESA DO SERTÃO
OH! PALMEIRA NÓS QUEREMOS
EXALTAR O TEU PERFIL
DECANTAR A TUA BELEZA
QUE POSSUI ENCANTOS MIL,
DE CIDADE DA ESPERANÇA
INCRUSTADA NO BRASIL
SE NASCESTE DE UMA CRUZ
TU SÓ TENS AMOR A DAR
ASSIM SENDO ESTE TEU SOLO
SEMPRE VIVE A SE OFERTAR
PARA QUANTOS QUE O DESEJEM
TRANSFORMÁ-LA NO SEU LAR
SEJAS SEMPRE IDOLATRADA,
DENTRO EM NOSSO CORAÇÃO
TU PALMEIRA ABENÇOADA
A PRINCESA DO SERTÃO
MESMO AUSENTE DO TEU SEIO
NINGUEM PODE TE OLVIDAR
PERMANECE NA LEMBRANCA
COMO UM BEM A MALTRATAR
INUNDANDO DE SAUDADE
E O DESEJO DE VOLTAR
IMIGRANTES E TEUS FILHOS
NESTE CANTO EM TEU LOUVOR
NOS UNIMOS NUM SÓ CORPO
E NA VOZ O MESMO ARDOR,
PARA DAR-TE SEM RESERVAS,
NOSSA VIDA E NOSSO AMOR
SEJAS SEMPRE IDOLATRADA,
DENTRO EM NOSSO CORAÇÃO
TU PALMEIRA ABENÇOADA
A PRINCESA DO SERTÃO

Dados Culturais e Geográficos
A cidade tem como atrações turísticas o Museu Xucurus (que fica na igreja do Rosário, construída pelos escravos do século XVIII), Casa Museu de Graciliano Ramos (com pertences legítimos), Aldeia da Cafurna (aldeia com remanescentes dos Xucurus e Cariris), além do Cristo do Goiti com o teleférico (vista panorâmica da cidade). Entre as festividades, destacam-se a Festa de Reis (janeiro), Semana do Índio (abril), Festival da Pinha e São João (junho).

Emancipação e Feira de Arte e Cultura (agosto), Semana Graciliano Ramos (outubro) e a festa de N. Sra. do Amparo (dezembro).

SITUAÇÃO: Encontra-se na Micro-Região de Palmeira dos Índios, (115) sendo limites Estrela de Alagoas (12 Km), Igaci (15 Km), Belém (22 Km), Mar Vermelho (64 Km), Paulo Jacinto (40 Km), Quebrangulo (23 Km) e Bom Conselho, PE (42 Km). Dista 140 quilômetros de Maceió e situa-se a uma altitude de 290 metros acima do nível do mar. Coordenadas geográficas: 9º 24′ 20″ de latitude sul e 36º 38′ 06″ de longitude W. Gr.

TOPOGRAFIA: Apresenta uma topografia ondulada e suavemente ondulada. A sede do município está localizada no sopé de algumas serras. Nesta parte o terreno apresenta relevo mais acidentado.

CLIMA: Tem um clima quente e úmido, com máximas de 38º e mínimas de 12º. A estação invernosa inicia-se em maio para terminar em agosto.

ÁREA: Com uma área de 460,61 Km².

POPULAÇÃO EM 2013 – 73.532

ACIDENTES GEOGRÁFICOS – Sua bacia não é muito extensa. Constitui-se dos rios Coruripe ( que nasce na serra do Bonifácio ) e Panelas, e dos riachos Guedes e Ribeira. Merecem citação ainda as lagoas do Algodão, dos Caboclos, dos Porços, Cascavel e Lagoinha e dos açudes Cafurnas ( capacidade de 1000000 de metros cúbicos) e Chucurus ( 500000 metros cúbicos ). Como acidentes geográficos merecem destaque as serras do Murro (460 metros de altura), Candará (622 metros), da Palmeira (610 metros) e a Serra das Pias (620 metros). Podemos citar outras serras, quais sejam – serra das pias , carangueja amaro baixa da lama e macacos.

VEGETAÇÃO – A área municipal está situada em pleno agreste, (formação não florestal, decídua, subxerófila, espinhosa), relacionada a climas mais úmidos do que os da caatinga, mas não o suficiente para permitir o aparecimento de floresta. Neste tipo fitofisionômico predominam as espécies arbóreas e arbustivas da caatinga. Existem ainda alguns focos de mata, onde pode encontrar madeiras de várias espécies, tais com ipê,jurema,mulungu, espinheiros. No Município, um dos principais pólos de desenvolvimento de sua região, a expansão urbana e as atividades criatórias foram responsáveis pela alteração da cobertura vegetal primitiva.

RIQUEZAS NATURAIS – No reino vegetal, boas quantidades de madeira própria para a construção e plantas medicinais. No mineral, é rico o subsolo de Palmeira dos Índios, encontrando-se em exploração ainda que em estado precário jazidas de pedra calcária, mármore (de excelente qualidade), mica e ferro (estes sem exploração) e salgema, explorada também em estado precário. No reino animal, são encontrados tatu, cotia e peixes em abundância nos açudes.

MEIO AMBIENTE – A fauna é constituída por animais silvestre comuns à região, tais como guaxinins, tatus, cassacos, preás, furão, saguins raposa etc. Aves existem: Galos de Campinas, papa capim,extravagantes, periquito do mato, canários, nambu, condoniz, caboclinhos, rolinhas,anuns gaviões garças. A flora é constituída por fruteiras do tipo umbuzeiro, pinheira, cajueiro e um pouco de mata que estão dando lugar para pastagem artificial.

ESCRITORES DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS – Palmeira dos Índios é muito conhecida culturalmente. É muito rica de Escritores alguns filhos naturais da terra e outros que à adotaram como terra Natal. Transcrevemos relação dos Escritores Palmeirense: Adalberon Cavalcante, Lucenio de Matos, Alba Granja Medeiros, Ademar Duarte Constant, Amarílio Santos, Alvino Correia, Ana Clara Vieira de Vasconcelos, Antônio Caetano Pinto, Antonieta de Barros Torres, Carlos Pontes, Elis Medeiros Eraldo Vieira de Melo, Epaminondas José de Araújo, Everaldo Damião da Silva, Francisco Xavier de Macedo, Gilberto Marques Paulo, Geovan Xavier Benjoino, Graciliano Ramos de Oliveira, Hélio Luiz Lima de Moraes, Herbert José Lisboa Martins Torres, Isvânia Marques da Silva, Ivan Berra Barros, João Francisco Duarte, José Jurandir de Oliveira, José Pantaleão Neto, José da Costa Sampaio, José Delfim da Mota Branco, José Maria Melo da Costa, José Alves Pereira, Lidenor de Mello Motta, Lourival de Mello Motta, Luís de Barros Torres, Luiz Antônio, Manoel Bezerra e Silva e Maria Luíza Duarte.

MUSEU – Conta com dois, Museu Xucurus de arte sacra e costume e Museu Graciliano Ramos, edificado na antiga casa onde morava o escritor. Situada à rua José Pinto de Barros, no Centro da cidade. Ali poderão ser encontrados livros, poemas, documentos, cartas escritas pelo próprio, alguns pertences, enfim, muitas coisa.

MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS – Manifestação Religiosas Católicas, Cenáculo Mariano, Cenáculo com Maria, Encontro da Ressurreição, Sexta da Paixão e Procissão de Ramos, festas das Paróquias de São Sebastião, Nossa Senhora Aparecida, São Cristóvão, São Vicente, Nossa Senhora Aparecida e Mãe Rainha , São Vicente, Procissão de Nossa Senhora do Amparo, Natal, Ano Novo, Festa de Padre Cícero, dentre outras.

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