Desfile cívico conta os 130 anos de Emancipação Política de Palmeira com muita emoção
Vidas Secas, do escritor alagoano Graciliano Ramos, foi contada pela escola Francisco Pinto Pimentel (Fotos: Diego Wendric/Assessoria
Emoção, lágrimas, sorrisos, homenagens, encenações e muita história. Foi assim que as escolas das redes pública e privada de ensino de Palmeira dos Índios contaram a trajetória da cidade, nestes 130 anos de Emancipação Política, comemorados nesta terça-feira (20). As escolas capricharam em cada detalhe, em cada peça de roupa confeccionada especialmente para a data, nas maquiagem das alunas, no brilho do olhar e na evolução das bandas de música que garantiram um tom a mais à festa. Tudo preparado para impressionar o público e arrancar lágrimas de emoção, como fez a escola Francisco Pinto Pimentel, que contou o amor e morte da lenda dos índios Tilixi e Tixiliá, além da representação da obra Vidas Secas, do escritor alagoano Graciliano Ramos.
As festividades dos 130 anos têm como tema “Amo Palmeira, Eu Sou Daqui” e o escritor Luiz B. Torres como homenageado. Ele morreu no dia 24 de maio de 1992, no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, e deixou um grande legado das obras literárias que escreveu. O selo comemorativo deste ano foi confeccionado na Casa da Moeda, leva a imagem do escritor e percorrerá todo o Brasil em documentos oficiais. Todo o evento cívico foi acompanhado pela família de Luiz B. Torres, pelo prefeito Júlio Cezar, vice-prefeito e secretário de Saúde Márcio Henrique, vereadores, secretários municipais e a população.
Muito emocionado, o prefeito Júlio Cezar, destacou o momento importante vivido pela cidade de Palmeira dos Índios. “Estamos em júbilo e em festa por comemorar os 130 anos da nossa cidade. Agradecemos à família de Luiz Torres, por nos permitir fazer essa homenagem a ele, que não nasceu aqui, mas escolheu essa terra para viver. A nossa terra é linda, tem um povo forte como os índios Xucurus e guerreiro como os quilombolas. Temos Jacinto Silva, Graciliano Ramos e tantos anônimos que batalham, todos os dias, para colocar o pão de cada dia na mesa de suas famílias. A nossa cidade não é de quem tem sangue azul e não tem porteiras. Ela é de todos e vamos transformá-la em um lugar melhor para se viver, até o final de nossa gestão, em 2020. Que Deus nos dê longos anos para avançar junto com essa cidade e com orgulho no peito poder dizer eu sou daqui'”, ressaltou o prefeito Júlio.
À noite, a festa continuou na Antiga Estação Ferroviária, com Mercinho, Art Nossa, Ana Lôbo e Solange Almeida.