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  • Coronavírus |
  • 08.05.20 - 05:00 |
  • Por LUCIANNA ARAÚJO/ASSESSORIA

Profissionais do Remy Maia enfrentam com bravura o desconhecido


Profissionais do Remy Maia enfrentam com bravura o desconhecido

Profissionais do Remy Maia trabalham na realização de testes para identificar Covid-19 (Fotos: Diego Wendric/Assessoria)

 

 

Todos os dias eles saem de casa, deixam as famílias e vão para o trabalho com a incerteza do que poderá acontecer no final do expediente. Assim tem sido a rotina dos profissionais que trabalham no Laboratório Municipal Remy Maia, em Palmeira dos Índios, desde que a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, tomou conta do mundo. O medo de contaminação pela doença existe em cada um dos 12 servidores que atuam no local. Mesmo assim, eles se doam para prestar um atendimento de qualidade e humanizado. Dois importantes fatores na hora de divulgar o resultado dos exames aos pacientes, principalmente quando eles testam positivo.

 

Até o momento, 229 testes já foram realizados no Remy Maia, que possui no quadro funcional 4 biomédicos, 5 técnicos de laboratório, duas recepcionistas e um profissional de serviços gerais, que trabalham de segunda à sexta-feira de 7h ao meio dia. O laboratório realiza o diagnóstico da Covid-19 pelo método de teste rápido, sorológico. O exame é destinado aos profissionais das áreas de Saúde e Segurança Pública em atividade, parentes que morem da mesma residência dos infectados e que apresentem sintomatologia. A recomendação para a realização do teste é a partir do sétimo dia dos sintomas ou, preferencialmente, no décimo dia e com solicitação médica.

 

De acordo com a biomédica e coordenadora do Laboratório Municipal Remy Maia Nilmara Silva Oliveira Lustosa, o paciente que testa positivo é encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que é a referência do município para a Covid-19. “Lá, eles recebem as devidas orientações e cuidados. Além dos testes rápidos sorológicos, realizamos a coleta domiciliar  com o método RT-PCR, do material Swab naso-orofaríngeo, que é realizado do terceiro ao quinto dia dos sintomas. Esse teste é considerado padrão ouro para a doença, indicado para pacientes com síndrome respiratória aguda grave e profissionais de Saúde com caso positivo e com sintomas. Após coletada, a amostra é enviada ao Laboratório Central, o Lacen, em Maceió, para análise. Os resultados são liberados pelo Sistema de Gerenciamento Laboratorial e, depois, encaminhados para referência, se forem positivos”, explicou a biomédica.

 

Mas toda essa maratona de realização de testes e cuidados com os pacientes também revelam o lado mais sensível dos profissionais que, todos os dias, enfrentam o desconhecido. “Todos os dias, enfrentamos o desconhecido. Saímos de casa com a missão de ajudar pessoas tão fragilizadas e aflitas por um resultado de um exame, de uma doença tão traiçoeira que vem assolando e ceifando a vida de tantas pessoas no mundo”, desabafou Nilmara.

 

E continuou. “Ficamos felizes com os resultados negativos e sofremos com as lágrimas dos pacientes positivos. Nossa equipe tem pais e mães de família e jovens que estão deixando seus bens mais preciosos em casa para trabalhar. Não podemos parar. Mas você que pode, fique em casa por você e por todos os profissionais de Saúde que estão lutando contra a Covid19”, finalizou Nilmara Lustosa.