Há 71 anos morria um dos maiores escritores do mundo: Graciliano Ramos
“Em qualquer lugar, estou bem. Dei-me bem na cadeia. Tenho até saudades da Colônia Correcional. Deixei lá bons amigos.”
No dia 20 de março de 1953, há 71 anos, morria de câncer de pulmão um dos maiores escritores do mundo: Graciliano Ramos. Esta e outras frases do autor modernista, jornalista e político reforçam a personalidade ácida, forte e marcante que ele possuía.
Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, Graciliano, o primogênito de uma família de 16 filhos, nasceu no município alagoano de Quebrangulo, no dia 27 de outubro de 1892, mas morou em outras cidades do Nordeste brasileiro, a exemplo de Palmeira dos Índios.
Na residência onde viveu com os pais e irmãos, que foi transformada em Casa Museu em 1973, Mestre Graça, como ficou conhecido, escreveu alguns livros e um deles foi Caetés, que tem como cenário as ruas da cidade, entre outros romances, contos, crônicas e literatura infanto-juvenil.
De 1928 a 1930, Graciliano Ramos governou com excelência o município de Palmeira dos Índios. Construiu escolas e estradas com os poucos recursos que possuía. “Graciliano Ramos foi um grande exemplo de gestor e um escritor conhecido mundialmente. Nos orgulhamos de pisar neste chão onde Graciliano andou, governou, se inspirou para fazer grandes obras e que também amou este lugar. Neste dia, fazemos uma homenagem àquele que nos deixou um grande legado e um exemplo a ser seguido”, disse o prefeito Júlio Cezar.
Os relatórios que o prefeito Graciliano encaminhava ao governador eram tão bem escritos que chamou a atenção da mídia, à época, devido à construção linguística própria de grandes escritores.
Algumas obras do escritor que se destacaram:
- Caetés (1933)
- Vidas Secas (1938)
- São Bernardo (1934)
- Angústia (1936)
- A Terra dos Meninos Pelados (1939)
- Brandão Entre o Mar e o Amor (1942)
- Histórias de Alexandre (1944)
- Infância (1945)
- Histórias incompletas (1946)
- Insônia (1947)
Algumas obras publicadas postumamente:
- Memórias do Cárcere (1953)
- Viagem (1954)
- Linhas Tortas (1962)
- Viventes das Alagoas (1962)
- Alexandre e outros Heróis (1962)
- Cartas (1980)
- O Estribo de Prata (1984)
- Cartas a Heloísa (1992)
