Órgãos garantem que não há risco iminente de rompimento da Barragem do Bálsamo, em Palmeira dos Índios
Prefeitura de Palmeira e órgãos envolvidos na manutenção da Barragem do Bálsamo (Fotos: Diego Wendric/Assessoria)
Após o laudo técnico emitido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/AL), solicitado pelo prefeito Júlio Cezar e que apontou a situação nas estruturas das barragens da Cafurna e do Bálsamo, vários órgãos como IMA, Ibama, Seinfra, Semarh, Casal, Defesa Civil, CREA, Procuradoria do Município de Palmeira, representantes dos governos de Quebrangulo e de Bom Conselho (PE) e da comunidade de Caldeirões de Cima se reuniram nesta quinta-feira (18), para discutir o cenário de segurança das barragens. Na reunião, que aconteceu na Prefeitura de Palmeira, foi descartada a possibilidade de risco iminente de rompimento do Bálsamo, fato que provocava maior preocupação aos órgãos e, também, aos 200 moradores do entorno da barragem.
Durante a reunião, foi discutido a implementação de um Plano de Manutenção da barragem, que inclui: retirar canos irregulares, limpar, providenciar uma outorga legal para que a barragem não seja atingida e nem a estrutura do paredão seja comprometida. “A declaração de outorga é feita on-line pela Agência Nacional de Águas (ANA), com suporte pela Semarh. O problema é que ainda não existe uma gestão para fiscalizar a barragem, mas enquanto isso, tomaremos as providências cabíveis para solucionar os problemas de forma imediata. Os encaminhamentos feitos aqui servirão para sanar os riscos causados pela ação humana, como a retirada ilegal da água por meio de canos. Isso sim abala a estrutura da barragem, apesar de que ela não corre risco iminente de rompimento”, disse o superintendente do Ibama Mário Daniel Sarmento.
O prefeito Júlio Cezar sugeriu que fossem definidas, por cada órgão, as responsabilidades relacionadas à barragem, a partir do Plano de Manutenção. “Os peritos apontam que a escavação irregular do solo, a implantação de canos e até formigueiros, como revelou a comunidade de Caldeirões de Cima, danificam a estrutura da barragem. Os moradores da região estavam em condição de medo, mas agora tranquilizamos a todos. O laudo aponta uma série de medidas a serem adotadas e vamos cuidar da barragem para que não seja colocada em risco a vida da população”, disse o prefeito Júlio.
E continuou. “Se é para garantir a segurança das famílias, nós vamos intervir. Por isso, vamos conversar com as famílias, em uma reunião que realizaremos lá na comunidade amanhã à tarde, tranquilizá-los quanto aos riscos da barragem e buscarmos, juntos, uma saída para que o uso da água do local seja feito de forma responsável. Enquanto houver gente morando próximo à barragem, o risco sempre existirá, de acordo com o laudo. Mas ele realmente será real se a própria ação humana contribuir para isso”, finalizou o prefeito Júlio Cezar.