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  • Saúde |
  • 03.06.23 - 03:12 |
  • Por Assessoria

Secretaria de Saúde de Palmeira afirma que jovem com suspeita de dengue não morreu na Upa


A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Palmeira dos Índios, por meio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, divulga nota técnica acerca de um paciente de 18 anos que faleceu com suspeita de dengue.

Informações que circulam em redes sociais afirmam que o paciente faleceu naquela Unidade, o que é desmentido pela família que, inclusive, não a responsabiliza pelo ocorrido. O paciente morreu na residência em que morava.

Leia a nota na íntegra:

O paciente J. V. S., 18 anos, sem comorbidades prévias, foi admitido na Unidade de Pronto Atendimento do município de Palmeira dos Índios na manhã de 02/06/2023, apresentando sintomatologia sugestiva de arbovirose (dengue). Deu entrada queixando-se de mialgia e dor em membros inferiores. Sem outras queixas, negou vômitos persistentes, dor abdominal intensa e sangramentos prévios. Negou exposição a águas de córregos (leptospirose). Ao exame admissional, em regular estado geral, acordado e orientado, hemodinamicamente estável, eupneico em ar ambiente, sem alterações cutâneas ou em mucosas. Normotenso (PA 130×80). Sem empastamento de panturrilhas, pulsos amplos e simétricos.

Paciente encaminhado à sala de medicação, sendo feito hidratação e analgesia (sem Aine). Solicitou-se exames laboratoriais: hemograma, PCR, transaminases, eletrólitos e função renal. Permaneceu em observação desde a entrada (por volta das 10h). Exames liberados por volta de 16-17h, evidenciando trombocitopenia leve (102000) sem hemoconcetração (hb 12 e ht 33), alteração leve de enzimas hepáticas, PCR = 229, função renal preservada. Foi reavaliado por volta do final da tarde, durante período de observação não evoluiu com hipotensão, sangramentos ou letargia. Evoluiu com melhora da sintomatologia e reavaliado juntamente com os exames. No momento, sem critérios de internação para o perfil de suspeita de dengue grupo de risco A/B.

O mesmo sem apresentar sinais de alarme (hipotensão arterial, sangramento de pele ou mucosa, lipotímia, letargia, aumento de hematócrito, dor abdominal intensa ou acúmulo de líquidos), tendo assim permanecido durante toda estada na Unidade. Conversado com familiares sobre a suspeita de dengue, porém de seguimento ambulatorial e com reavaliação na unidade em 48h. Informados sobre os sinais de alarme e retorno imediato, caso surgissem. Entregue receituário ao paciente, contendo as medicações de uso domiciliar, bem como as orientações sobre os sinais de alarme e agendamento do retorno com 48h para realização de novo hemograma.

Assim sendo, em todo o momento, o quadro do paciente foi conduzido de forma rigorosa pelo que pede o protocolo da Dengue do Ministério da Saúde. O paciente foi admitido, avaliado, medicado, submetido a exames laboratoriais, tendo permanecido em observação para melhor avaliação de seu estado, checado sinais vitais durante sua estada na Unidade, sendo confirmado como um caso suspeito de dengue de classificação de risco A/B, segundo o que diz o próprio protocolo do Ministério da Saúde”.